Estes dias em Lisboa fiquei a pensar o que seriam realmente Haikais traduzidos para o corpo. Levanto a hipótese de momentos, de pequenos flashes de acontecimentos, mas que como o Haikai estão a comunicar além.
Escolhi uma série de poemas do livro que irei trabalhar e esponho eles aqui. Gostaria de trabalha-los mais como uma sensacao no corpo, como uma qualidade de movimento, do que mimetizar o acontecimento. Estou a procura de bases no meu corpo para entende-los através dos Fluidos (sangue, linfa, liquidos sinoviais, intersticiais, intracelular)
Os barcos
na areia: pássaros
em repouso
Há um navio
afundado
com todo passado á proa
(Albano Martins)
Frente ao mar
o meu coração adolescente
pede-me que salte
O mar flutua,
cintila, exalta-se e depois...
um céu deitado
A maré rebenta.
Abrem-se as tuas areias
e grito. Silencias
As ondas do mar
acompanham-se umas ás outras -
e eu tão só
(Casimiro de Brito)
Vista do mar
a terra
não tem equilíbrio
Por vezes o silencio
Do mar
Prepara tempestades
(Liberto Cruz)
...aprender a ler
a caligrafia das algas
na maré vazia...
No fundo do mar,
passam devagar as sombras
das aves, dos barcos...
(Luís Ruivo Domingos)
Yes! I'm in LAGOS / LAC, here you can see one of the spaces where I will work.
These days in Lisbon I was wondering what would actually translate a haiku into the body. I raise the hypothesis of moments, small flashes of events, but as the Haiku are communicating something beyond.
I chose a series of poems in the book that I will work and they are up there. In english, sorry I cannot translate the poems... if you are very curious try google translator, but I refuse to translate poetry, I´m not able. I would like to work them more like a feeling in the body, as a quality of movement, which mimic the event. I am looking for bases in my body to understand them through the fluids (blood, lymph, synovial fluids, interstitial, intracellular).
Nenhum comentário:
Postar um comentário