Obrigada! :)

Muitíssimo agradecida a:
Ruth Hoenig Hoenigsberg
Sebastian Höing
Valeria Germain
Marina Krohn
Hans Peter Krohn
Lilian Krohn
Martim Leicand

e todos os outros queridos apoiadores que preferiram ficar anonimos, e que me ajudaram a concretizar a Residencia em Lagos/Portugal - LAC - Laboratório de Actividades Criativas 2013.

Thank you very much to everyone how help me to go to Portugal/Lagos - in the LAC artistic residency.


quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

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Theater Haus Berlin Mitte, 12.2013 - Open Rehersal
Choreographie: Andrea Krohn
Dance: Jobina Bardai, Nelly Hakkarainen, Polyxeni Angelidou
Music: Theresa Stroetges & Helen Heß
Pictures: Alice Dalgalarrondo







quarta-feira, 7 de agosto de 2013

PARTILHA, PARTIDA:

1o ato
Haikai kamikase
- agir a partir de uma imagem e uma memória

No Brasil eu gostava de passar o ano novo na praia, de branco, levar presentes a Iemanja. Estourar saquinhos de água ao pé da sua imagem no pátio interno das mulheres, na cadeia

2o ato
Conceito
Olhem para essa imagem como se não fosse eu. Leiam o que esta escrito como se fosse japonês. A idéia ainda esta presa aos pensamentos, não sou eu dentro da obra: a escrita vaza qualidades, vontade de me separar da coisa, ainda estou presa na cela, a cela tem barulho de mar.

3o ato
Movimento

Três qualidades, ou o que existe no corpo, agora: vermelho, azul e amarelo.
Sangue, Cérebro Espinhal e Sinovial. 

Esqueci: como eu não tenho trilha sonora, poderia criar uma levando a mão em concha as orelhas.




SHARING, DEPARTURE:

first act
haiku kamikase
- Acting from an image and a memory

In Brazil I enjoyed spending the New Years eve on the beach, in white, and bring gifts to Iemanja. I splashed bags of water at the foot of his image in the inner courtyard of the jail

second act
concept
Look at this image as if it weren´t me. Read what is written as Japanese. The idea is still attached to the thoughts, I'm not in the work: writing leaking qualities, I want to separate me from the thing, I'm still stuck in the cell, the cell is filled with sea noise. 

third act
movement

Three qualities, or what exists in the body, now: red, blue and yellow.
Blood, cerebrospinal and synovial.

I forgot!!! As I have no soundtrack,you  could create one leading your own hands cupped in your ears.

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Imagens de caranguejos, imagens de algas marinhas, toda essa vida que se encontra ali. O que o desequilibrio e a densidade tem a ver com isso? Não quero ser meramente ilustrativa da vida do mar, ilustrativa de um movimento, mas mostrar essa imensa capacidade de mover as pessoas, de alterar-se e renovar-se, o mar é essa imensa força que nós intentamos domar mas que nos engole.

Performance não realizada: AQUI CAMBIO DE MAR

Estar numa praça central ou algo assim com um chapéu de sol e talvez vestido, biquini, toalha... como se estivesse sentada na areia. Mas com a idéia de apresentar os poemas e trocar poemas com as pessoas, sem uso comercial, que é o que mais me incomoda nesse ambiente das pracinhas aqui no centro, esse turismo devorador.... queria compor um grande haikai renga sobre o mar... e somente estar com as pessoas, sem esse ritmo louco de consumo de férias. 


foto Jorge Pereira

Images of crabs, seaweed... this whole life that is there. What imbalance and density have to do with it? I do not want to be merely illustrative of sea life, illustrative of a movement, but to show the immense ability that this force has to move people, to change and renew itself, the sea is this immense strength we try to tame but that engulfs us.

Performance unrealized: SEA EX - CHANGE 

Being in a central square or something with a sun hat and maybe dress, bikini, towel ... as if you were sitting in the sand. But with the idea of ​​presenting the poems and exchanging poems with people, not with a commercial use, which is what bothers me most in this environment here in the city center this devouring tourism .... I wanted to compose a great haikai renga about the sea ... and only be with people without this crazy pace of holiday consumer.

terça-feira, 30 de julho de 2013




Hoje durante minhas experimentações tive uma imensa necessidade de tentar traduzir essas imagens de corpo para o papel. Tinha comprado uma aquarela barata num armazém e dá-lhe brincar.
As vezes a imagem do corpo não condiz com a idéia que se quer passar, principalmente quando um se filma muito para ter alguma imagem do que está a acontecer de fora do corpo, fora da sensação cinestésica do fazer, e da concepção de espaço e forma que se têm.
O espaço para mim é por enquanto quase como um aquário, onde de uma lado existe terra, e de outro água. Gostaria de pintar as paredes com ondas, como uma delimitação física de onde é a superfície, e dançar sempre abaixo dessa linha. Como se estivesse debaixo d´água, e pudesse deitar no solo do aquário ou flutuar no meio dele.
Ontem fiz um passeio maravilhoso a praia, graças ao pessoal super querido daqui do LAC (Maria João e Jorge) que me levaram a conhecer, a praia das Furnas, praia da Boca do Rio, praia das Cabanas Velhas ou da Pedreira. Tão diferentes e tão sensórias, o vento, as cores, o cheiro. No final de semana acompanhei o Festival de música  Eletronica e fiquei pensando muito sobre a física das ondas de som, como seria interessante trabalhar com um músico que pudesse criar esses ambientes físicos sonoros.
Ou posso transformar tudo numa instalação, onde as pessoas possam mover-se e experimentar essas diferentes qualidades que venho investigando. Fluido Intersticial, Sangue, Fluido Cérebro Espinhal. 





Today during my trial outs I had a big need to try to translate these images of the body into paper. 
I Had bought a cheap watercolor and played a little bit. 
Sometimes the body image is not consistent with the idea that one want to spend, especially after one films a lot to have some picture of what is happening outside the body, outside the kinesthetic sensation of making and designing space and form.
The space where I dance is almost like an aquarium where there is in one side land and in the other water. I would paint the walls with waves as a physical boundary where the surface is, and always dance below this line. As if I´m underwater, and I could lay in the aquarium ground or float in the middle of it.

Yesterday I made a wonderful ride to the beach thanks to the staff super sweetheart here in LAC (Maria João e Jorge) Furnas beach, Boca do Rio beach, Cabanas Velhas beach or Pedreira. So different and so sensory, the wind, the colors, the smell. Over the weekend I accompanied the Electronic Music Festival, and I was thinking a lot about the physics of sound waves: it would be interesting to work with a musician who can create these physical  sound environments. 

Or I can turn everything into an installation where people can move around and experience the different qualities that I´m  investigating. Interstitial fluid, blood, cerebrospinal fluid.

sábado, 27 de julho de 2013

O que eu tenho achado fantástico nessa residência é eu poder testar. Testar, experimentar, sem medo de ser feliz. Se eu estivesse em Berlim no frenesi diário talvez não conseguisse ter essa imersão e liberdade de estar, somente estar no local e pensar, voltar, testar, sair... descobrir que as imagens imaginadas não funcionam tão bem quanto na realidade: hoje rolava no chão encima de papéis e saquinhos d´água, uma imagem sintese que eu carrego desse corpo mar e de alguma forma a organização dos papéis no chão me fazia pensar no haikai, na sua métrica, e ao mesmo tempo na sua simplicidade. Mas o resultado é: dança-se em cima disso e vira uma meleca, uma bagunça que esta longe de compartilhar aquilo que eu gostaria de alcançar com essa idéia super pretenciosa de dançar o mar.... pois é, tenho achado meu projeto super pretencioso hoje, como ouso eu simples performer dançar algo tão imponente? E ainda mais sozinha ser essa imensidão! Se eu fosse feita de mar, seria meu desejo sair a terra e vasculhar o que se encontra além dela? o mar é a liberdade no corpo, o mar é essa terrível e imensa liberdade diante de nós.

"...nesses encontros entre terra e mar, onde se verifica uma eterna luta dos elementos, revela-se a imensidao do espaco e do tempo...." João Mariano - fotógrafo

What I have found fantastic in this residence is that I can test. Test, try out, without fear of being happy. If I was in Berlin in the frenzy daily life I might not be able to have this immersion and freedom of being, only be in place and think,  try again, test, go out ... find that the imagined images do not work as well as in reality: today I rolled on the ground on top of paper and water bags, an image synthesis that I carry for this body sea and somehow organizing the papers on the floor made ​​me think in haiku, in its measure, while in its simplicity. But the result is: dancing on top of that results in a mess that is far from sharing what I want to achieve with this idea super pretentious of dancing the sea .... as it is, I have found my project super pretentious today: how do I, a simple performer  wants to dance something so imposing? And to be even more alone in this immensity! If I were made ​​of sea, would be my desire to get out and scour the land that lies beyond? The sea is freedom in the body, the sea is this terrible and immense freedom before us.

"... these encounters between land and sea, where there is an eternal struggle of the elements, reveals the immensity of space and time ...." João Mariano  - Photographer

quinta-feira, 25 de julho de 2013


Depois de três dias de workshop sobre improvisação com dança e haikai, volto a mergulhar solitariamente na minha idéia.   Interessante de observar como aos poucos adquiro o ritmo do espaço e da comunidade, entendendo melhores momentos de ir a praia, de comer, de estar. Existe uma grande massa de turistas que parecem invadir a cidade só no verão, o que cria ambientes engraçados, como pessoas só falando inglês e bem, eu sou parte dessa massa pelas minhas caracteristicas físicas, e mesmo por falar a lingua, bem, sou estrangeira. A parte disso, fico pensando sobre essa minha relação com a poesia e com outras artes, a influência das artes plásticas nesse trabalho e da paisagem: aqui sempre há sol, a luz é incrivel e o mar exuberante. 


After a three-day workshop on improvisation with dance and haiku, I´m diving back into my lonely mind. Interesting to observe how I gradually acquire the rhythm of the space and community, understanding the best times to go to the beach, to eat... There is a large mass of tourists that seem to invade the city only in the summer, which creates funny environments of people only speaking English, well, I'm part of this mass for my physical characteristics, and even speaking the language, well, I am a foreigner . Beyond that I keep thinking about my relationship with poetry and other arts, the influence of the visual arts in this work and maybe influenced by the landscape: here there is always sun, the light is incredible lush and the sea is powerfull.